[CONTO] The Last of Us Fan-Fic

Capítulo 1 - Pittsburgh

“É incrível como uma cidade com a população de aproximadamente seis mil pessoas, 96% ficaram infectados ou fugiram para outras cidades. Eu acredito que também viraram infectados ou estaladores.  Até dois meses atrás 
tínhamos em torno de 240 pessoas espalhadas pelo lado “limpo” da cidade.. Mas nossos grupos que buscam rações, suprimentos, munições estão cada dia voltando em menor números, devido aos ataques de infectados e milícias...”

- Vamos Ellie, daqui a pouco vai escurecer e temos de achar um lugar para passarmos a noite. Amanhã já devemos estar chegando em Pittsburgh..
- Já acabou de encher o tanque do carro?
- Já...Vamos garota...
 Ellie, uma adolescente de 14 anos de idade, mesmo aparentando ser frágil, ela consegue matar marmanjos com o triplo do seu peso, fazer armadilhas e sobreviver neste belo mundo pós apocalíptico, esse último citado é o mais difícil. Os nossos inimigos não são somente ‘ex-humanos’, se pode ser chamados assim, tem também os humanos, nós estamos em uma Terra sem lei. Onde humanos formam clãs e montam suas bases em algum lugar e resistem a sobrevivência o máximo possível.
 Joel, colega de viagem da Ellie, tem 46 anos de idade, tem um porte físico melhor do que muito jovem de 20 anos de idade, cabelo escuro com alguns fios grisalhos. Ele perdeu a filha no dia que começou o apocalipse, memórias tristes no qual ele tenta não lembrar, para não sentir a mais forte e eterna dor em seu coração.

 
Ellie pegou os dois diários guardou em sua mochila, foi correndo em direção ao Joel e comentou “Achei esses dois diários, acho que alguém pode ter esquecido aqui..”, Joel não disse nada, só olhou para a menina. Eles entraram no carro, Joel ficou no banco do motorista e a Ellie deitou no banco de trás, fazendo sua mochila de travesseiro . Ficando de costas para o Joel e abriu o diário que tinha pegado antes.
- Blá...blá...blá... quem escreveu esse diário era muito melancólico pelo visto..
- Por que está falando isso?? É de quem esse diário?
- Pelo que folheei aqui é  cara chamado Josh, mas não tem só uma letra.. tem horas que parece outro tipo de letra totalmente diferente, mas vou ler de onde parei para entender o que contêm aqui e quem sabe não achamos eles.
- Que seja..
“...não sei se vamos aguentar muito tempo, o doido do Bill esta fazendo armadilhas pela cidade toda, ele anda com o corpo todo coberto com blusas grossas e kevlar, não sei como ele não sente calor. Se tem um cara neurado é o Bill, eu não gosto de deixar a Sam conversando com ele ou perto dele,  mas querendo ou não, ele que nos protege. De todos o mais preparado é o Bill, tem rifles, arco e flechas, e faz bombas com pregos por todo canto da cidade. Ele me deu uma cópia do seu mapa da cidade aonde estão as armadilhas dele.  Não sei por que, mas ele parece ter um certo apreço  comigo..

Dia 15/07/2028
Acordei por volta das 10 horas e fui fazer a minha corrida matinal, hoje após o horário do almoço Bill convocou uma reunião na igreja para fazer o inventário de todo o material recolhido da última equipe de busca. Não estou com vontade de ir, já sei que muita gente morreu, que acharam poucos remédios, alimentos e combustíveis fósseis..
Cheguei em casa e vi Sam olhando para a janela, vendo a movimentação lá fora. Nem deu tempo de dizer Oi, ela já foi falando, que o almoço estava pronto. Ela sabe que eu não gosto que ela cozinhe sem que eu esteja em casa, eu falei com ela “Quantas vezes vou ter que te falar para não cozinhar sem que eu esteja em casa?”, ela com suas respostas diretas “Quando você parar de sair de manhã e me deixar em casa sozinha sem nada preparado.”. Não era hora de ficar discutindo, por que se chegássemos atrasados com certeza Bill colocaria a gente para fazer patrulhas de madrugada ou buscar suprimentos.
Chegamos 10 minutos antes do Bill começar a fazer seu discurso, e eu não tinha percebido o quão pouco restava na cidade. Eu contei rapidamente 20 pessoas. Bill então cortou meu pensamento ‘..de 30 pessoas que saíram na última busca de mantimentos, nenhuma voltou, não sei se eles foram mortos por infectados ou militares, ou se então fugiram para outra cidade. Mas já não é tão seguro fazer patrulhas em cidades ao redor de Pitts..’, ele gostava de chamar Pittsburgh de Pitts, acho que ele tem preguiça de pronunciar a palavra toda, ‘...vamos tentar vasculhar o outro lado da cidade, limpar as barricadas construídas, e eu vou escolher em torno de 5 pessoas para me acompanharem e o resto  vai cuidar da cidade e nos manter informado, por que as poucas armas que restaram vão ficar conosco, deixarei somente uma...’, e eu ainda não acreditava que pouco mais de seis mil pessoas, somente 20 pessoas ainda estão aqui. Nisso ouvi meu nome ser citado ‘... Josh e por último Logan. Todos vocês compareçam amanhã  aqui na Igreja antes do nascer do sol, e vamos começar a limpar o outro lado das barricadas e se por sorte vamos iniciar a varredura pelo o outro lado.’, olhei para Sam, ela não tirava o olho de mim, aqueles olhos grandes escuros, cheios de lágrimas. Não sabia como reagir, ‘Não posso deixar Sam sozinha!’, o que era para ser um pensamento, foi um grito, todos olharam para mim, Bill ficou me analisando durante um bom tempo e falou com uma voz fria, que eu até estranhei ‘Sam ficará com a sua vizinha, Dona Gabriella. Se você não for...’ ele olhou para Sam, me chamou, fui com passos curtos e ele falou bem perto do meu ouvido ‘Vocês estarão expulsos do acampamento, sem nenhum auxílio, e aqui está sendo um dos lugares mais seguros que esta tendo no momento nesse país, graças a minha neura contra esses malditos e minhas armadilhas, você não virou um deles e nem a sua filha.’ Olhei para Sam, ela estava chorando em prantos e Dona Gabriella foi para o lado dela, a nossa vizinha ela sempre teve um carinho especial com a Sam, ela sempre dizia que Sam parecia com a sua filha, que morreu pouco tempo antes da infecção por causa da leucemia, ela nunca nos contou sobre sua vida, mas como vizinha ela é perfeita. Não faz barulho, se precisamos de algo ela nos ajuda e sempre a ajudamos. Sam gostava de ir na casa dela toda tarde para ficar conversando sobre o mundo antes da infecção e comer os cookies que Dona Gabriella sempre fazia toda tarde.
‘Está certo. Mas eu quero que 10% hoje para Sam e Dona Gabriella.’, ele me olhou, parecia não acreditar no que eu disse, mas se limitou a dizer sim..”
“...Fomos para casa, convenci Sam que não iria acontecer nada, que sairíamos bem cedo e voltaríamos todo dia, era para o bem da cidade e para o bem dela. Fui na Dona Gabriella e perguntei se ela se incomodaria de ficar com a Sam durante o dia, mas eu voltaria todo dia a noite para buscar Sam. Ela falou ‘Eu amo a companhia de Sam, ela é tão adorável comigo, vai ser um prazer Josh, mas por favor toma muito cuidado lá fora, pela minha janela da para ver uma praça do outro lado, e tem muitos infectados lá fora.’; Eu não queria deixar Sam, ela perdeu a mãe a pouco tempo, custamos a superar essa dor. Não posso deixar minha princesa sozinha nesse mundo. Vou fazer isso mais rápido possível, eu já servi o exército durante 3 anos, lutei no Iraque. Com certeza não estou enferrujado, Sam não pode, e ela não vai ficar sozinha. ‘Pode ficar tranquila Dona Gabriella, eu não tenho vontade nenhuma de deixar Sam sozinha nesse mundo.’ Depois disso nos despedimos, fui para casa, peguei toda ração que Bill concordou nos dar a mais e coloquei na dispensa. Olhei para Sam sentada no sofá do apartamento ela estava em posição fetal. Fui até o sofá, agachei e perguntei a ela ‘O que você quer para janta?’, ela olhou para mim e começou a chorar, abracei-a. ‘Não se preocupe meu anjo, eu estou aqui e vou estar com você. Vamos conseguir passar por isso juntos.’
-‘Você nunca vai me abandonar né pai?’, apertei a sua cabeça contra meu corpo, beijando sua cabeça ‘Só quando você casar, por que seu marido provavelmente não vai me querer na sua casa.’, ela deu uma risada no meio dos soluços. Olhei para ela e percebi o quanto ela crescera nos últimos anos e falei ‘Eu te amo Sam.’. Para minha surpresa ela respondeu ‘Eu também te amo papai’, soou como se ela tivesse voltado a ser criança de 5 anos de idade. Depois de um bom tempo abraçados, perguntei para ela ‘Filha, vamos jantar o que hoje? Tem que ser uma janta especial.’, ela tossiu e disse ‘Pode ser arroz com salsicha enlatada.’, sorri para ela ‘Que janta luxuosa é essa, aproveita viu.’.
Preparei o jantar, mas eu não sabia se seria minha última janta com Sam ou não. Jantamos, logo após Sam foi dormir, eu a acompanhei ao seu quarto dei boa noite e beijei a sua testa. Quando estava indo encostar a porta do quarto ela disse ‘Pai, o senhor é o melhor pai do mundo, por favor não some, se cuide, não se arrisque, eu não quero ficar aqui sem o senhor.’ Eu só acenei com a cabeça ‘vai dormir meu anjo, tem que ficar descansada.Te amo.’. Sentei na mesa da cozinha, hoje não iria conseguir dormir. Então escrevi um bilhete para Sam, falando de tudo que ela tinha que tomar conta, do que ela não podia fazer mesmo se eu tivesse fora, e ela estava proibida de cozinhar, que ela devia respeitar e cuidar da Dona Gabriella. Que tinha que arrumar a casa, que agora ela estava com muito mais responsabilidade do que antes, toda decisão que ela tomar, vão ter a suas consequências. E no final escrevi que se caso eu não voltar era para ela ficar com Dona Gabriella, e que não saísse de Pittsburgh, mas se caso a resistência caísse, para ela ir pela floresta e ir para Greensburg que lá é a única família que encontraria, a minha irmã, Sophia.
Olhei para o relógio, já era 5 horas da manhã, e como previsto não consegui dormir. Tomei uma ducha quente, hoje me dei a tal luxo, e já estava com minha mochila pronta.
Antes de sair fui no quarto de Sam, olhei para ela, e deixei o bilhete em sua escrivaninha. Encostei a porta do seu quarto, peguei o restante e fui embora. Ao trancar a porta da minha casa, vi Dona Gabriella em sua porta, acenei a ela. E fui embora.

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